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Pequeno texto de Ronaldo Bastos para o programa do show "Gal In Concert"

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Sou de uma época que Tudo era Gal. Antes de conhecer a pessoa, muito do que é Gal, se filtrava através da luz solar e cristalina que é a voz de Gal; em "Domingo" com Caetano, no primeiro disco solo, palavra por palavra, em Londres com Antonio e Paulo Jobim; Gal no trem azul pelo mundo afora: "Ela já não é mais a minha pequena, que pena, que pena". Os anos 70 não existiriam sem as dunas do barato de Gal. Só quem ouvia a modernidade chegar na cartarse da voz de Gal em "Divino Maravilhoso, viveu. Quem não ouviu "Gal canta Caymmi", não viveu. Hoje em dia entre tantas pessoas que me fazem falta, tenho o privilégio da pessoa bonita, tranquila, gostosa e simples da minha amiga Gal Costa. Ronaldo Bastos - Rio de Janeiro - 1987

Disco: Profana: Gal Costa retoma garra e ginga a todo vapor

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É a glória nas alturas: os agudos de Gal Costa - aqueles - estão voltando a arrepiar. Lá em cima, onde poucas vozes da MPB conseguem se sentir confortáveis, ou eventualmente lá embaixo, onde o som sempre sai forçado. Gal anda barbarizando. E faz do seu décima sexto LP "Profana" (o primeiro pela RCA) uma retomada impressionante do velho pique, que angariou apaixonados dentro e fora do país. Já estava na hora. Apesar do apuro técnico crescente, Gal vinha de uma triste sucessão de discos frios e shows gelados, feito uma falsa baiana. Agora não: aos 39 anos, 20 de carreira, ela reúne garra e ginga suficientes para ficar entre as grande de novo. Com um repertório perfeito. Gal vai da canção chorosa "Nada Mais" - versão de Ronaldo Bastos para a balada "Lately", de Stevie Wonder - ao suingue djavanesco de "Topázio". Ok, ela ainda não se dá ao luxo de dispensar abolerados (como "Chuva de Prata" , de Ronaldo Bastos e Ed Wilson),