Postagens

Mostrando postagens com o rótulo Tom Jobim

Show: Gal e Bethânia forjam seu reencontro

Imagem
foto: alexandre campbell Latifundiárias da arte de cantar MPB, as baianas Gal Costa e Maria Bethânia repetem hoje e amanhã em São Paulo, os shows conjunto que fizeram semana passada no Rio de Janeiro. É a primeira vez, provavelmente, que dão tratamento profissional aos encontros esporádicos que vêm fazendo ao longo de suas três décadas e meia de carreira. Embora a gravadora a que ambas pertencem, BMG, seja reticente quanto a isso ("existem possibilidades", eles afirmam), o show tem toda a cara de que virá a se transformar em CD daqueles duplos, ao vivo, que ultimamente têm saído mais que mexerica em supermercado. Nesse caso não é de todo injustificável, pelo que se pôde ouvir na estréia carioca, sábado passado. O show tem mesmo sabor de acontecimento histórico, em especial nos rapidíssimos minutos em que Gal e Bethânia, juntas e distantes uma da outra, cantam "Sol Negro", do brother Caetano. É canção do primeiro LP de Bethânia, de 65, em que f

Disco: "Água Viva" - Cantora escolhe o pior para mostrar que é a melhor

Imagem
Texto enviado por Tiago Marques Uma das maneiras mais diabólicas que uma intérprete de música popular usa para mostrar que é uma grande cantora, é gravar de maneira impecável um disco composto praticamente só de músicas alienadas e medíocres. E esse feito maldoso acaba de ser conseguido pela excelente veterana cantora baiana Maria da Graça Costa Pena Burgos, a Gal Costa, em seu recente LP “Água Viva” (Philips 6349 394). Escolhendo a dedo basicamente um repertório de música de cansados ídolos e seguidores da música popular brasileira da era da bossa nova e do baianismo tropicalista, Gal Costa teve o cuidado de incluir – a título de contraste – três trabalhos de compositores, símbolos de real qualidade em outras três diferentes épocas: “Olhos Verdes” , do maestro Vicente Paiva (1908-1964), representante das décadas de 1920 e 1930; “O Bem do Mar” , de Dorival Caymmi (1914), que atingiria o auge nas décadas de 1940 e 1950. e “Folhetim” , de Chico Buarque de Hollanda (1944

Crítica: Gal Canta Tom Jobim ao Vivo

Imagem
O jogo já começa ganho. Gal Costa, a mais versátil e bem aparelhada cantora à bordo da obra de um dos maiores compositores da MPB, T om Jobim , acompanhada por um grupo de músicos de primeira, li d erados pelo pianista Cristovão Bastos. Gravado em setembro de 1999, no Palace de São Paulo, sob a direção de Jodelle Larcher e produção musical de Mazzola, este DVD de aproximadamente 80 minutos explora pouco os recursos da nova tecnologia. Há apenas uma curta entrevista com a cantora, sua discografia, opções de áudio (Dolby Digital ou PCM Estéreo) e legendas em português, inglês e espanhol, além da sequência do set list. O DVD destila uma postura de recital onde Gal desfia 23 músicas de Jobim sozinho ou com os parceiros Newton Mendonça, Dolores Duran, Vinicius de Moraes, Chico Buarque e Ray Gilbert. "Fotografia" abre os trabalhos em sua delicadeza confidente que conduz aos machucados amorosos de "Por Causa de Você" , ambiente típico da romântica Dolores Duran. Pra

Disco: Mina d"água do Meu Canto: Gal busca frescor com Chico e Caetano

Imagem
"Mina D'água do Meu Canto" , nome do novo disco de Gal Costa não é apenas verso da única inédita, o belo "Como Um Samba de Adeus" , homenagem a Tom Jobim feita Por Caetano Veloso (música) e Chico Buarque (letra), que assinam todas as canções do álbum. A capa aquosa ajuda a reforçar o conceito do CD de 17 faixas onde a cantora procura uma purificação. "Queria trazer a tona o frescor do canto, zerar a técnica e os vícios, buscar aquela Maria da Graça, admiradora de João Gilberto", prega a ex-Gracinha do início de carreira. Ela se reconhece logo nesse espelho que não é Narciso nas buarquenas " Morena dos Olhos d"água" e "Desalento" . E por conta do compromisso, alterna no roteiro audácias e convenções. Sublinha o lado clássico da obra de Chico ( A Rita, Quem Te Viu Quem Te Vê, as Vitrines ) e as várias faces de Caetano. Do vanguardista de "Pelos Olhos" com clarineta e trompa ao fadista nordestino de "O Ciú

Disco: Gal: No tabuleiro da baiana

Imagem
Demorou para acontecer, mas a espera valeu a pena. Depois de mais de uma década de produções insípidas ou açucaradas, a baiana Gal Costa, 47 anos, acaba de lançar um disco que traz de volta a intérprete apaixonada que entusiasmou tantos fãs na década de 6 0 . No LP "Gal" , recém-chegado às lojas de todo o País, ela exibe o seu brilho e versatilidade. A cantora mostra uma forma arrebatadora, como não se via desde "Água Viva" , de 1978. "Nos anos 80, a Gal passou a ter um repertório cheio de concessões, composto por baladinhas. A sua carreira apresentava tendências conformistas", afirma o poeta Wally Salomão, amigo de Gal Costa. A própria cantora reconhece que vários trabalhos desse período ficaram abaixo do seu talento. "Talvez eu tenha gravado músicas com arranjos pasteurizados demais, com muitos instrumentos acompanhando minha voz, o que eliminou a força da intérprete", diz ela. Gal Costa não admite que chegou a cantar músicas da dupla Sul