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Entrevista: "Estou louca para pisar num palco e rasgar o peito!"

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DEPOIS DOS TRINTA, GAL QUER VOLTAR A ACONTECER Era a terceira vez que "Vatapá" era ensaiada. Naquele calor infernal, Gal Costa se empenhava ao máximo, movimentando-se na saleta de ensaios da gravadora Phonogram. Seus músicos é que demonstrava cansaço. Gal sentou-se ao lado do guitarrista Perinho e reclamou:  - "Tá faltando molho. Aumenta o pique, Perinho!" A uma ordem do líder, Rubão (baixo), Antonio Adolfo (piano) e Pedrinho (bateria) empreenderam um pique que deu a devida retaguarda rítmica à pulsante voz de Gal. Assim alegre, ela retomou a alegria, os vestidos floridos, o riso aberto: - "O pique nunca deixou de existir, mas está muito mais forte agora. Estou louca para pisar no palco e rasgar o peito." Quando isso acontecer, o público verá uma cantora cheia de garra e explosões, voltando ao gênero que abandonara nos tempos de "Cantar" e "Gal Canta Caymmi". Gal tem sido muito bem comporta, na voz e no palco. E

Entrevista: Requiem para Tom faz chorar

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Fascinada com a nova casa em Trancoso, na Bahia, pra onde costuma viajar de um fôlego só a caminhonete Pajero com seus sete cães a bordo, Gal Costa pretendia descansar este ano. Mas gostou da proposta de Luiz Carlos Niemeyer, diretor de sua gravadora, a BMG-Ariola, para fazer um disco com repertório de Chico Buarque e Caetano Veloso. "Era uma oportunidade que sempre quis, não podia rejeitar", confessa. Quatro meses de gravações depois "Mina ´D'água do Meu Canto" entrou esta semana nas lojas com suas 17 faixas, oito regravações de cada autor e a inédita "Como Um Samba de Adeus", que chora Tom Jobim num suave requeim bossa nova. "Caetano Veloso fez uma fita com três melodias diferentes e perguntou se eu tinha alguma preferência. O Chico fez a escolha e mandou a letra", rebobina Gal, que chorou ao ouvir o resultado final no estúdio. "Precisei de um tempo pra me recuperar e gravar a música", admite. O disco se transforma em

Revista: "A voz de Gal dá calma ao Caos" (Wally Salomão)

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Depoimento ao jornalista Eduardo Logullo "Eu sou totalmente autodidata. A coisa da emissão da voz, da respiração. É claro que já tenho uma emissão espontânea, isso veio comigo do além. Quando eu era criança, minha mãe tinha uma panela enorme, dessas de feijoada, e eu enfiava a cabeça na panela para ouvir meu timbre. Era uma forma de estudar canto. Minha mãe, quando estava grávida de mim, só ouvia violão clássico, Segóvia. Ficava concentrada para influenciar o filho a ser musical. Ela queria que o filho fosse violonista clássico. Todo dia ouvia religiosamente, para aquilo entrar... Sempre fui muito exigente. Na Bahia, havia um programa chamado 'Escada para o Sucesso', na TV Itapoam, onde muitos iam se apresentar. Os amigos, todos, e parentes, pediam para eu ir. Mas eu já sentia que iria chegar aonde eu queria. Não daquela maneira, num programa de calouros. Era uma coisa muito maluca que eu tenho até hoje, uma espécie de premonição, meu lado de art