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Gal Costa - Trilhas de Novelas - Anos 70

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Gal Costa é uma das recordistas, entre as cantoras brasileira, de músicas em trilhas de novelas. Sua voz começou a ser ouvida, ainda nos anos 70, numa obscura trama da TV Tupi, "Tempo de Viver", exibida no ano de 1972. A chegada às trilhas na Rede Globo, vitrine de maior sucesso, se deu em "Gabriela", com a canção de abertura, composta especialmente para sua voz, por Dorival Caymmi. Durante toda a década de 70, sua voz se fez cada vez mais presente nas trilhas, consolidando seu nome em várias novelas da Globo e da TV Tupi. TEMPO DE VIVER - 1972 - TV TUPI/TV GAZETA - 23H A trilha da novela "Tempo de Amar", foi produzida por Roberto Menescal, que era diretor artistico da Polygram (Atual Universal Music) e havia acabado de produzir o álbum "Fa-tal - A Todo Vapor", de Gal Costa. Do repertório do disco, ele incluiu na trilha "Pérola Negra", de Luiz Melodia, a primeira música da cantora, a entrar numa trilha de novela. A faixa gr

Entrevista: "Estou louca para pisar num palco e rasgar o peito!"

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DEPOIS DOS TRINTA, GAL QUER VOLTAR A ACONTECER Era a terceira vez que "Vatapá" era ensaiada. Naquele calor infernal, Gal Costa se empenhava ao máximo, movimentando-se na saleta de ensaios da gravadora Phonogram. Seus músicos é que demonstrava cansaço. Gal sentou-se ao lado do guitarrista Perinho e reclamou:  - "Tá faltando molho. Aumenta o pique, Perinho!" A uma ordem do líder, Rubão (baixo), Antonio Adolfo (piano) e Pedrinho (bateria) empreenderam um pique que deu a devida retaguarda rítmica à pulsante voz de Gal. Assim alegre, ela retomou a alegria, os vestidos floridos, o riso aberto: - "O pique nunca deixou de existir, mas está muito mais forte agora. Estou louca para pisar no palco e rasgar o peito." Quando isso acontecer, o público verá uma cantora cheia de garra e explosões, voltando ao gênero que abandonara nos tempos de "Cantar" e "Gal Canta Caymmi". Gal tem sido muito bem comporta, na voz e no palco. E

Crítica: Show "Baby Gal" - Gal, delícias e delírios

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Foto: Rogério Carneiro Para Gal Costa, bastava ocupar o palco com um banquinho e um violão e deixar que o cristal que mora em sua garganta garantisse um bom programa. Mas ela costuma querer mais e, às vezes, como no desastrado "Fantasia" de dois anos trás, os enfeites que a acompanham só atrapalham. Agora, porém, ela se cercou de uma produção requintada - a direção geral é de Aloysio Legey e Walter Lacet, a mesma dupla dos musicais da Rede Globo - para realizar o melhor espetáculo de sua carreira. Mas profissional que o antológico "Gal a Todo Vapor" , mais maduro que o bem-sucedido "Gal Tropical" , este "Baby Gal" encanta por mostrar que a maior cantora do país ainda está em evolução. Mais bonita,mais magra e mais bem vestida do que em sua última aparição na TV, em especial da Globo, ano passado, Gal também está mais atriz que em seus shows anteriores. É assim que ela dá vida nova a canções que pareciam desgastada. A "Dora&q

Disco: "Água Viva" - Cantora escolhe o pior para mostrar que é a melhor

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Texto enviado por Tiago Marques Uma das maneiras mais diabólicas que uma intérprete de música popular usa para mostrar que é uma grande cantora, é gravar de maneira impecável um disco composto praticamente só de músicas alienadas e medíocres. E esse feito maldoso acaba de ser conseguido pela excelente veterana cantora baiana Maria da Graça Costa Pena Burgos, a Gal Costa, em seu recente LP “Água Viva” (Philips 6349 394). Escolhendo a dedo basicamente um repertório de música de cansados ídolos e seguidores da música popular brasileira da era da bossa nova e do baianismo tropicalista, Gal Costa teve o cuidado de incluir – a título de contraste – três trabalhos de compositores, símbolos de real qualidade em outras três diferentes épocas: “Olhos Verdes” , do maestro Vicente Paiva (1908-1964), representante das décadas de 1920 e 1930; “O Bem do Mar” , de Dorival Caymmi (1914), que atingiria o auge nas décadas de 1940 e 1950. e “Folhetim” , de Chico Buarque de Hollanda (1944

Disco: Acústico MTV: A mais completa intérprete do país

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Considerando como de estreia o LP "Domingo" , dividido com Caetano Veloso, em 1967, Gal Costa comemora 30 anos de carreira no projeto "Acústico MTV" (BMG), constituído de vídeo, disco e uma sequência de shows que começa sexta-feira em Belo Horizonte. Trata-se de uma comemoração suntuosa, uma espécie de moldura de medalha, como a que já condecorou em projetos semelhantes Milton Nascimento e Caetano Veloso. Tanto no vídeo quanto na seleção do CD (que exclui alguns números importantes como "Vaca Profana" , "O Amor" e "Força Estranha" ), a cantora confirma o posto de mais completa interprete do país. Do protótipo pop ( "Baby" com entorno de sax e violinos) à balada rock ( "Não Identificado" ), passando pelo picotado samba choro ( "Teco Teco" ), e pelo samba sincopado ( "Falsa Baiana" ) ou o samba canção pré-bossa ( "Só Louco" ) nada escapa ao cristal vocal polidor de pérolas. Inc