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Disco: "Gal - Fa-Tal - A Todo Vapor" - Crítica de 1972

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Por Mauricio Krubusly* O lançamento de A Todo Vapo r, pode lembrar, por alguns aspectos, o de Tropicália - o que não quer dizer que os dois tenham igual importância dentro da música popular brasileira. Entre as várias semelhanças, os dois álbuns não se prendem a um determinado tipo de critério na escolha do repertório, e reunem músicas aparentemente irreconciliáveis. Em Tropicália , estavam lado a lado Vicente Celestino e Caetano Veloso, Nara Leão e Os Mutantes, a marcha rancho e o bolero, o inglês e o latim. Com Gal, convivem sem conflito Luiz Gonzaga/Humberto Teixeira e Wali/Macalé, Roberto/Erasmo Carlos e o folclore baiano, Geraldo Pereira e Jorge Ben, isamel Silva e Caetano Veloso. Mais uma vez, essa reunião se torna importante, pois muitos voltam a dividir em compartimentos, até mesmo segundo o grau de brasilidade (?) - esquecidos das lições do movimento que se convencionou chamar de Tropicalismo. O repertório sem preconceitos dos dois LP's de Gal Costa adquire

"Tigresa" e "Sua Estupidez" aparecem como possibilidades no roteiro do novo show de Gal Costa

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foto: bob wolferson Com histórico de grandes shows no verão do Rio de Janeiro ("Fatal" e "Gal Tropical", despontaram nos verões de 1972 e 1979, respectivamente), Gal Costa volta a abrir alas para o verão, como sinaliza faixa do seu novo álbum "A Pele do Futuro", em show que tem sua segunda parada no dia 07 de dezembro (o primeiro show da turnê será dia 01 de dezembro, em São Paulo), na casa Vivo Rio, no  Rio de Janeiro. Com base no repertório do álbum "A Pele do Futuro", cujo roteiro deverá contemplar boa parte das canções, o show promete outras novidades no cardápio. Embora ainda em fase de ensaios, já começam a ser divulgadas, possíveis canções que daram cortono a estética sonora que se ouve no disco de estúdio, e que deverá ser levada ao palco.  Duas canções aparecem como fortes candidadas a serem incluidas no roteiro: "Tigresa", de Caetano Veloso, que esteve presente no "Com a Boca no Mundo", de 1977, show q

Disco: Profana. "A Gal da alegria

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foto: Luiz Carlos David Em "Profana", a cantora volta aos ritmos quentes Foliões e roqueiros que se preparem: chegou o fim da fase Dolores Duran de Gal Costa . Em 1983, ainda que o maior sucesso de Gal tenha sido a irreverente "Rumba Louca" , o que prevaleceu em seu trabalho foram as canções românticas, as vezes de clima sofrido, que a aproximaram do estilo da grande cantora dos anos 50. Em "Profana" , o novo LP de Gal que chega às lojas esta semana, volta à cena a intérprete esfuziante e brincalhona. As canções românticas ocupam apenas duas das doze faixas do LP, dominado por baiões, frevos, rocks e marchas carnavalescas. A técnica apuradíssima de Gal volta a ser exercitada nas regiões mais agudas da escala musical. O resultado é um LP com muita alegria que lembra a cantora do "Gal Tropical" , disco de 1979 e que surge com seu melhor trabalho desde "Fantasia" , de 1981. O carro-chefe dessa fase eufórica de Gal é a marcha

Show: "Todas as Coisas e Eu: Gal enfrenta a alegria - e a tristeza.

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Ela voltou, a grande cantora. Nesse tempo que andou ameaçando se perder de todas as coisas e de si, a artista Gal Costa, 58, se anestesiou também de uma série de sentidos: tato, paladar, audição, visão, faro... Interrompeu contato com parte de seu público (eram várias as cadeiras vazias na estreia de "Todas as Coisas e Eu" , quinta, enquanto lá em casa "Celebridade" quase acabava). Fechou os olhos e os ouvidos para repertórios, arranjos e modos novos de ser Gal Costa. Hoje, corre com gana trás do prejuízo, de seis ou sete sentidos. O resultado é um espetáculo todo errado, todo certo. Um acerto interrompe um erro que substitui um acerto que se muda num erro. Zune um código morse nervoso. A grande cantora se despe assustada, mas viva, muito viva. Fotografa o próprio medo, quando ao cantar "Um Favor" de Lupícinio Rodrigues (que desde 1977 é dela, muito dela) erra a letra feito uma colegial, cantora imatura em primeiro show. Estava ao violã

Disco: Fa-tal: Só Gal ia dos cochichos de João Gilberto aos urros de Janis Joplin

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Em 1971, quando rolou o show "Vapor Barato ", transformado  num disco duplo gravado ao vivo no Teatro Tereza Raquel, no Rio, Gal Costa, mais que musa, era a estrela sobrevivente da saga tropicalista. Sob as botas do governo Médici (1969/1974), com os mentores do movimento, Caetano e Gil no exílio, a juventude antenada da época vivia entre a guerrilha e os vapores baratos que subiam dos charos acesos pela posição lisérgica do governo. Imantada por Gal, boa parte desta fatia viajante da galera se reunia (no Rio) num trecho da praia de Ipanema repleto de dunas, onde seria construido um emissário submarino de esgoto. Eram as "dunas do barato", ou como se dizia no baianês da época, "as dunas de Gal". Neste disco/show, além de segurar a barra tropicalista, Gal já rodava a baiana de maior cantora da MPB. Só ela ia dos cochichos de João Gilberto aos  urros de Janis Joplin sem trair a Dalva de Oliveira que mor ano sentimentalismo deste país de três raças