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Disco: "Todas as Coisas e Eu" - Diva à moda antiga

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Alheia às cobranças para fazer um disco de repertório inédito, Gal Costa tem optado pela comodidade das regravações de sucessos. Às vezes com um sotaque mais pop, como seu ótimo CD anterior "Bossa Tropical". Às vezes com tom mais reverente, como seu songbook de Tom Jobim (1999) e como no novo disco "Todas as Coisas e Eu". Neste CD, que marca a estréia da cantora na gravadora Indie Records, Gal mergulha com sofisticação no cancioneiro do passado, regravando músicas lançadas entre os anos 20 e 70. A maioria do repertório é formada por sambas-canções gravados originalemnte nos anos 40 e 50, na fase pré-bossa nova. "Todas as Coisas e Eu", é um disco de diva. Traz grandes canções na voz de grande cantora e está à altura do passado de Gal, embora não tenha obviamente o caráter ousado do começo de carreira da cantora. Os requintados arranjos de Eduardo Souto Neto e Julinho Teixeira combinam orquestra de cordas com o som dos antigos conjuntos regionais em

Show: "Todas as Coisas e Eu: Gal enfrenta a alegria - e a tristeza.

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Ela voltou, a grande cantora. Nesse tempo que andou ameaçando se perder de todas as coisas e de si, a artista Gal Costa, 58, se anestesiou também de uma série de sentidos: tato, paladar, audição, visão, faro... Interrompeu contato com parte de seu público (eram várias as cadeiras vazias na estreia de "Todas as Coisas e Eu" , quinta, enquanto lá em casa "Celebridade" quase acabava). Fechou os olhos e os ouvidos para repertórios, arranjos e modos novos de ser Gal Costa. Hoje, corre com gana trás do prejuízo, de seis ou sete sentidos. O resultado é um espetáculo todo errado, todo certo. Um acerto interrompe um erro que substitui um acerto que se muda num erro. Zune um código morse nervoso. A grande cantora se despe assustada, mas viva, muito viva. Fotografa o próprio medo, quando ao cantar "Um Favor" de Lupícinio Rodrigues (que desde 1977 é dela, muito dela) erra a letra feito uma colegial, cantora imatura em primeiro show. Estava ao violã

Crítica: Todas As Coisas e Eu: Belos boleros

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Uma das maiores intérpretes da MPB, Gal Costa passou os últimos anos gravando discos no piloto automático. " Todas A s Coisas e Eu ", o seu novo lançamento, a repõe no pedestal. Traz músicas compostas entre as décadas de 20 e 50, que receberam belo tratamento do maestro Eduardo Souto Neto. Gal, que sempre mostrou familiaridade com o repertório de boleros e canções tristonhas (vide sua exemplar gravação de " Alguém me Disse ", de Anísio Silva, que registrou na década de 90), faz a festa. As versões dela para " Nervos de Aço ", de Lupícinio Rodrigues, e de " Fim de Caso ", de Dolores Duran, são de cortar os pulsos de tanta melancolia. Revista Veja "Veja Recomenda" - 19 de novembro de 2003