Crítica: Recanto: Outro tempo, outro nível, outra história...
“Eu vi muitos cabelos brancos na fronte do artista, o tempo não pára e no entanto ele nunca envelhece”. Quem esteve domingo no Parque da Juventude em São Paulo, na estreia do show Recanto, de Gal Gosta, se emocionou (muito) ao ver a cantora, 65 anos proferir essa frase. Muitos aplaudiram. A cantora estava com sua banda formada por jovens bacanas, cantando lindamente, improvisando passos de funk , flertando com a música eletrônica e mostrando que sim, tem artista que nunca envelhece. “A vida é amiga da arte”. Ouvir a própria Gal cantando aquilo ( parece que ela nunca cantou tão bem) foi de fazer chorar. Eu chorei. Voltamos para casa felizes. Pensando que é, sim, possível envelhecer e continuar “jovem” de alma. “Quando eu crescer, quero envelhecer como os tropicalistas”, falávamos. Domingo no parque. Todo mundo feliz e emocionado. O tempo não é, como nos dizem o tempo todo em propagandas de creme “anti-age”, um senhor malvado. Gal mostra isso no ...