Disco: "Baby Gal" - “Baby Gal” nasceu com a Tropicália
Em novembro de 1968, os que conseguiram chegar até a porta e entrar, na extinta casa noturna Sucata, para ver Caetano Veloso e Os Mutantes, mal puderam ouvir a declaração de amor de Caetano a Gal Costa, que João Gilberto dizia ser a maior cantora do Brasil. “I love you, Gal Costa/ Baby, baby, baby…” A simples menção de “Baby” e do nome Gal Costa deleitou a plateia, ainda embriagada pelo novo som e imagem propostos pelo tropicalismo. A canção “Baby”, de Caetano, gravada por Gal Costa no LP “Tropicália” (julho de 1968), com arranjo de Rogério Duprat, saiu da Tropicália para entrar na história da música popular como canção hino de toda uma geração. Quinze anos se passaram e “Baby” está de volta recriada por Gal no LP “Baby Gal”. “Não foi a nossa intenção – diz a cantora – comemorar os 15 anos do tropicalismo. Mas já que aconteceu, fico feliz, e posso dizer que “Baby Gal” só foi possível por causa da Tropicália. Por tudo o que o movimento representou para a minha ca...