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Disco: Gal: No tabuleiro da baiana

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Demorou para acontecer, mas a espera valeu a pena. Depois de mais de uma década de produções insípidas ou açucaradas, a baiana Gal Costa, 47 anos, acaba de lançar um disco que traz de volta a intérprete apaixonada que entusiasmou tantos fãs na década de 6 0 . No LP "Gal" , recém-chegado às lojas de todo o País, ela exibe o seu brilho e versatilidade. A cantora mostra uma forma arrebatadora, como não se via desde "Água Viva" , de 1978. "Nos anos 80, a Gal passou a ter um repertório cheio de concessões, composto por baladinhas. A sua carreira apresentava tendências conformistas", afirma o poeta Wally Salomão, amigo de Gal Costa. A própria cantora reconhece que vários trabalhos desse período ficaram abaixo do seu talento. "Talvez eu tenha gravado músicas com arranjos pasteurizados demais, com muitos instrumentos acompanhando minha voz, o que eliminou a força da intérprete", diz ela. Gal Costa não admite que chegou a cantar músicas da dupla Sul

Disco: O Sorriso do Gato de Alice: A baiana traça o que vier

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                                                                Foto: Carlos Hungria Gal Costa, a ousada: timbres inesperados e improvisos sem palavras "Gal Costa é o tipo da diva que não teme cair do pedestal. Seu novo disco o 20º, arrisca a partir do título de refinado humor "O Sorriso do Gato de Alice" . representado na capa pelo solitário close da boca da cantora. O verso foi extraído de "Errática" , uma homenagem de Caetano Veloso , seu parceiro vocal no LP de estreia "Domingo", de 1967. Caetano é um dos quatro medalhões que fornecem repertório de inéditas do novo disco, ao lado de Jorge Ben Jor , Djavan e Gilberto Gil . Tratado com padrões acústicos, na contramão da ditadura tecnológicas das FMs, o disco ainda conta com uma  luxuosa intervenção de Paulinho da Viola. "Minha admiração por Gal ultrapassa qualquer esforço no sentido de definir sua arte e seu encanto", elogia o sambista no encarte. "Gal e eu temos uma

Revista: "A voz de Gal dá calma ao Caos" (Wally Salomão)

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Depoimento ao jornalista Eduardo Logullo "Eu sou totalmente autodidata. A coisa da emissão da voz, da respiração. É claro que já tenho uma emissão espontânea, isso veio comigo do além. Quando eu era criança, minha mãe tinha uma panela enorme, dessas de feijoada, e eu enfiava a cabeça na panela para ouvir meu timbre. Era uma forma de estudar canto. Minha mãe, quando estava grávida de mim, só ouvia violão clássico, Segóvia. Ficava concentrada para influenciar o filho a ser musical. Ela queria que o filho fosse violonista clássico. Todo dia ouvia religiosamente, para aquilo entrar... Sempre fui muito exigente. Na Bahia, havia um programa chamado 'Escada para o Sucesso', na TV Itapoam, onde muitos iam se apresentar. Os amigos, todos, e parentes, pediam para eu ir. Mas eu já sentia que iria chegar aonde eu queria. Não daquela maneira, num programa de calouros. Era uma coisa muito maluca que eu tenho até hoje, uma espécie de premonição, meu lado de art